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Foto do escritorMarcos Bortolato

Coluna saudável “Repouso é tratamento?”

Dor na coluna, seguimos dando sequência a série de posts sobre o tema campeão de audiência das queixas humanas. E hoje é dia de escrever sobre a possibilidade do repouso como tratamento. Tanto para aquelas dores incapacitantes quanto para os incômodos crônicos. Antes de qualquer coisa, já começo alinhando com vocês o seguinte:


“REPOUSO NÃO É TRATAMENTO!”


Lembrando que escrevo orientado pelos meus estudos e pelo que vejo na prática clínica todos os dias. Outras opiniões e visões são muito bem vindas. Os comentários estão disponíveis para essa troca.


Já vimos aqui que a dor não tem relação direta com disfunções na coluna (ler post). Ou seja, a manifestação da dor é um fenômeno complexo, de causas multifatoriais e que não indica necessariamente lesão. Mas, como eu também já tive meus dias de paciente em tratamento de lombalgia, sei como funciona isso. Veja se você se identifica com esse relato.

Estou realizando minhas atividades cotidianas, pode ser sentado ou em pé, e começa aquela dorzinha na coluna. Meu alerta para o problema é acionado, mas eu continuo o que estou fazendo considerando que aquele incômodo é suportável. Com o passar do tempo o quadro vai se agravando. Até que chega o momento onde toda minha atenção está voltada para a dor e não consigo pensar em mais nada. Com uma sensação horrível de incapacidade, decido parar o que estou fazendo. Uma das únicas opções que me parecem viáveis é deitar em uma posição confortável. Como nós vamos ficando bons e experientes no nosso problema, normalmente sabemos uma determinada posição que traz alívio e conforto.

Realmente nesses casos, o repouso pode ser uma medida SOS digamos assim. Uma forma de nos dar margem para sobreviver aquela crise que costuma ser devastadora em diversos sentidos. Esse espaço de socorro pode ser conseguido também com analgésicos, compressas quentes, massagens e até com palavras de conforto de uma pessoa próxima. Dito isto, esses recursos são válidos, mas não tratam.

Bato um papo maneiro sobre essa tema com a fisioterapeuta Cristiane Nascimento. Confira também:


Atenção, para os casos em que você trava completamente é preciso buscar ajuda profissional imediata. Se a sua situação se assemelha com a descrita anteriormente posso te dizer o seguinte. Essa posição que te dá conforto nos momentos de crise pode ser o melhor caminho para o início do seu tratamento. Desde que se iniciem movimentos a partir dela. Vamos chamar essa postura de PI (posição inicial). Explico, por uma série de combinações de forças tensionais, de incidências de carga e de posicionamento dos tecidos. Naquele ângulo especificamente seu sistema não interpreta dor. Mais que isso, nessa PI seu corpo se sente seguro. Sim, dor tem relação com medo e ameaça!

Como todo nosso design biológico foi feito para o movimento. A estratégia ideal para tratamento de dor na coluna é fazer exercícios a partir dessa PI. Aos poucos, suavemente e “encostando” nas posições de dor vamos ampliando a margem de segurança. O movimento é irresistível para o corpo. Se feito na direção correta, com intensidade e volume adequados para esse momento, as resistências são quebradas e a dor diminui.

Por menor que seja a sua margem de PI tem caminho para o movimento. E esse sim é um tratamento para te reabilitar. Permitindo retomar uma vida normal e próspera.


Conte comigo,



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