Impacto é ruim para a coluna?
- Marcos Bortolato
- 29 de abr. de 2021
- 3 min de leitura
Vamos ficar experts em coluna vertebral minha gente!
E o impacto hein… Prejudica ou não prejudica, lesiona ou não lesiona, dá dor ou dá, é bom porque fortalece os ossos ou não é……. são muitas dúvidas sobre esse tema.
DIAGNÓSTICOS LIMITANTES
É muito comum eu atender pessoas com a mentalidade de restrições ao impacto. Lembra um cenário que já descrevemos aqui? O paciente procura atendimento com profissional de saúde, faz exame de imagem, recebe um diagnóstico e uma das impossibilidades que lhe é apresentada se refere aos exercícios com impacto. Normalmente essa orientação é algo assim:
"Você não pode mais correr, andar longas distâncias, atividades com salto, jogar bola, dançar….. Procure uma hidroginástica ou no máximo um Pilates para não agravar seu quadro.”
Me conta aí, já ouviu isso?
Vamos combinar que essa recomendação não é 100% ruim, pois inclui duas possibilidades de métodos de movimento como tratamento. E tratar a coluna é dar movimento. Agora, nada contra hidroginástica ou Pilates, mas……. São só dois caminhos, existem mais 1584398003479000000000 alternativas melhores ou mais viáveis para tratamento. Inclusive, muitas delas incluem o impacto e isso é bom! PEGA SEU MUNDO AÍ NO CHÃO QUE AGORA ELE CAIU 😂
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COMO O IMPACTO VIROU UM PROBLEMA
A ideia mecânica de que a forma do nosso corpo é baseada em um empilhamento de ossos tracionados por músculos. Faz com que se considere a incidência de cargas através do impacto um vilão. Só que na verdade, nosso sistema é bem mais complexo do que esse conceito de “máquina humana”. Os ossos não estão nem encostados uns nos outros. Nossa estrutura se sustenta mais como um aro de bicicleta do que como tijolos de uma parede. Um dia escrevo mais sobre isso. Por agora, nos considere como uma estrutura que combina tensões a todo momento para se adaptar ao meio.
Já foram feitos diversos estudos tentando correlacionar eventuais danos do impacto na coluna vertebral. O que se tem de conclusão até agora, é que indivíduos sedentários e menos expostos a atividades de impacto sofrem mais com danos na coluna do que corredores, por exemplo. Pois é…….
Parando para pensar bem, vamos ver que faz bastante sentido. Em um planeta com atuação da força da gravidade o impacto não só é natural como é tão inevitável quanto fazer xixi. Ou seja, desde quando nascemos nosso sistema vai se treinando e se adaptando às exigências do impacto. Nós temos vários recursos no corpo para lidar com essas cargas, entre eles tecidos, formatos dos ossos, articulações e as estratégias de combinação de tensões. É claro que de forma exagerada e sem a devida preparação o impacto pode se tornar nocivo. Mas, precisa estar claro que o problema não é ele e sim o despreparo ou destreino do corpo para lidar com essa carga.
FUNDAMENTAL INCLUIR IMPACTO NO TRATAMENTO
“Tratar a pessoa inibindo o impacto é como ensinar inglês para alguém somente usando o português.”
É claro que, assim como no ensino do idioma, que se inicia com frases curtas e vocabulários simples, vamos começar os exercícios com baixas cargas de impacto. Em um programa de exercícios para o aumento de repertório motor geral. Com atividades de contato do pé no solo de forma leve e variada. Esses movimentos costumam ter ótimos resultados. Comece isolando o pé fazendo pequenas batidas dele no chão. Como a sola do pé é o principal receptor para a combinação de tensões que nos fazem andar por exemplo. Treinar essa estrutura vai ter repercussão na qualidade dos seus movimentos e na funcionalidade da sua coluna.
Começar pelo pé é um excelente caminho para introduzir os exercícios de impacto na sua rotina. Existem também outras milhares de possibilidades. Certamente uma delas se encaixa para você. Um corpo capaz de lidar com o impacto é possível em qualquer idade e vai te proporcionar muita liberdade para a vida. Aproveite e acesse agora uma sequência de exercícios que ajudam a preservar a saúde da sua coluna.
Conta comigo,
Marcos Bortolato
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